Hipotireoidismo x saúde do coração
Fique atenta: quem tem hipotireoidismo subclínico, caracterizado pela ausência de sintomas, também apresenta riscos de desenvolver doenças do coração. A conclusão é de um estudo internacional publicado no Journal of the American Medical Association, que analisou o histórico de mais de 55 mil pacientes dos Estados Unidos, Austrália, Europa, Japão e Brasil (entre 1972 e 2007).
Segundo o pesquisador brasileiro José Augusto Sgarbi, que participou do estudo e é professor de endocrinologia da Faculdade de Medicina de Marília, no interior de São Paulo, a suspeita não é nova. “Já era sabido que a falta de hormônios tireoidianos eleva os níveis de colesterol que, por sua vez, aumentam as chances de problemas cardíacos. Entretanto, não havia confirmação, já que as análises eram conflitantes e feitas em pequena escala”, diz o cardiologista Edmar Santos, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC-FMUSP).
De olho na glândula
Como o hipotireoidismo subclínico não causa alterações expressivas da tireoide, a dúvida se a glândula deve ser cuidada ou não é frequente entre os médicos. Mas, com a constatação do estudo, ficou provado que o problema merece atenção, sim. Por enquanto, a doença é combatida com medicamentos que repõem os hormônios que a tireoide deixou de produzir.
Nos casos em que a doença cardíaca também é diagnosticada é necessário, além do medicamento de reposição hormonal, seguir à risca as recomendações do cardiologista, que incluem: tomar as medicações conforme a prescrição e jamais alterar o tipo de remédio ou a sua dose; evitar o consumo excessivo do sal; abandonar o cigarro e praticar atividades físicas prazerosas (de acordo com orientação médica). “Por fim, é preciso estar sempre perto de pessoas queridas, o que ajuda a afastar a depressão, que está intimamente relacionada ao prognóstico de quem sofre com doenças do coração”, conclui Edmar.
Fonte: Atmosfera Feminina
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