Intestino preguiçoso x ganho de peso




Quando o intestino não funciona bem, a sensação de inchaço e até de ganho de peso é bem comum. Não dá para dizer, simplesmente, que esse problema é o causador do ganho de peso, mas há uma ligação entre as duas coisas. Ambos os problemas, afinal, estão associados, na maioria das vezes, ao mesmo erro: maus hábitos alimentares. As causas dependem de cada um.


Chefe da disciplina de Clínica Médica da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Paulo Olzon Monteiro da Silva explica que o consumo excessivo de carboidratos simples, como a farinha branca, e a carência de fibras na alimentação causam os dois problemas, assim como o sedentarismo.
“Uma alimentação desequilibrada dificulta a formação de fezes e aumenta o volume de gases, por isso a sensação de inchaço”, diz Paulo. Outras razões mais complexas também levam à constipação, de acordo com o médico Gustavo Vilela, especialista em medicina funcional e antienvelhecimento.
“Pode ser consequência do uso de determinadas medicações, disfunções hormonais, diabetes e algumas doenças neurológicas. Alguns tipos de alergia alimentar também podem ser as culpadas”, explica.

Segundo Gustavo, cada indivíduo responde de modo diferente aos mesmos fatores ambientais. Portanto, nem todas as mulheres apresentarão ganho de peso – ou dificuldade de perdê-lo – diante de um problema intestinal. Diversas causas, ou muitas delas aliadas, abalam o funcionamento do corpo e desencadeiam estes e outros males.

“De modo superficial, podemos dizer que a constipação tem relação com maior carga tóxica intestinal, alteração da flora ou da atividade metabólica e imunorreguladora intestinal, sobrecarga hepática e maior atividade inflamatória no intestino, fígado e sistema venoso abdominal”, exemplifica. “Alguns tipos de alergia alimentar e de disfunções hormonais, também responsáveis pela constipação, podem, por si só, favorecer o ganho de peso ou dificultar o emagrecimento”.

A prisão de ventre pode, ainda, causar problemas mais graves: “Mau hálito, câncer de cólon, fadiga, depressão, dificuldade de concentração nas atividades diárias, irritabilidade, dores pelo corpo, insônia, acne, algumas doenças autoimunes, dentre outros”, lista Gustavo Vilela.

A saída a longo prazo

Procurar manter uma dieta saudável é uma arma eficaz contra o intestino que não funciona regularmente. “É preciso se adaptar a uma alimentação o mais natural possível: evitar alimentos industrializados e com conservantes, aumentar o consumo de frutas, hortaliças e grãos integrais”.
Gustavo também diz que é preciso manter um padrão alimentar, com horários regulares e, se necessário, procurar um acompanhamento médico. “Um profissional pode prescrever muitos artifícios para regularizar o funcionamento do organismo”, encerra.







Fonte: Atmosfera Feminina

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