Um esclarecimento é necessário: a neurologista Rosa Hasan explica que, se por um lado pode ser possível compensar alguns dias sem comer por meio da reposição de nutrientes e vitaminas, com o sono é diferente. Horas sem dormir não podem ser recuperadas nos dias seguintes.
De imediato, dormir pouco já traz conseqüências. “Há problemas de humor, a pessoa vai estar mais irritada. A concentração, a atenção, a memória, a capacidade de tomar decisões e os reflexos são afetados. Tarefas como dirigir, que dependem de tudo isso, serão prejudicadas, bem como o aprendizado na escola e o desempenho profissional”, afirma a especialista.
Dormir mal também baixa a resistência do organismo e, como explica Rosa, aumenta a propensão a doenças como diabetes e obesidade. “Alguns hormônios importantes são secretados durante o sono e noites sem dormir direito fazem o organismo produzir hormônios de estresse. Quem dorme mal tem maior probabilidade de desenvolver doenças cardiovasculares, além do que morre mais cedo do que o normal, é comprovado cientificamente”, alerta a neurologista.
Fonte:
Rosa Hasan, neurologista especializada em Medicina do Sono. É coordenadora do departamento de Sono da Academia Brasileira de Neurologia (ABN) e médica responsável pelo Instituto do Sono de Sorocaba.
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