Alerta: da trombose à embolia pulmonar

 

 
É muito comum ouvir falar em trombose por aí. Um amigo que manifestou os sintomas em um voo prolongado, uma prima sedentária e fumante que começou a sentir dor na perna, entre outros casos. Mas é mais difícil a gente ouvir casos sobre embolia pulmonar, e aí vai um alerta: eles existem e tudo pode começar com varizes ou um histórico familiar. Vamos entender melhor!
Trombose é a formação de um coágulo dentro de uma artéria ou veia. “No caso da trombose venosa profunda (TVP), isso ocorre de forma aguda e acontece dentro das veias do sistema venoso dos membros inferiores. Os principais sintomas são dor na perna, inchaço e endurecimento da panturrilha (batata da perna)”, explica José João Lopes, médico especialista pela Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SP). Mas este mesmo quadro pode evoluir para a embolia pulmonar (TEV) e ela, por sua vez, pode levar a óbito. Por isso, informar-se é essencial. 

Por que isso acontece?

A TEV ocorre quando um fragmento desse coágulo se desprende e atinge os vasos dos pulmões. Resultado: restringe o fluxo de sangue nessa região. Se o bloqueio da circulação for inferior a 50%, os sintomas geralmente limitam-se a uma respiração mais curta, porém, se for maior pode causar uma obstrução mais comprometedora. “Os principais sintomas são tosse, falta de ar, catarro com sangue, dor torácica e, nos quadros mais graves, morte súbita”, descreve o médico. 

“A embolia pulmonar normalmente ocorre na vigência de uma trombose venosa em andamento, portanto, nos primeiros sintomas, é primordial que você avise prontamente seu médico”, aponta Lopes. Sua incidência é mais comum após os 55 anos e, em casos de histórico familiar, é essencial a busca por um especialista. 
Para o angiologista, acompanhar o paciente de perto é primordial. “A maioria dos cirurgiões vasculares prefere internar o paciente para tratá-lo de maneira adequada, pois a melhora do quadro depende de vários fatores, como tempo do início de tratamento (quanto mais precoce melhor), tipo e localização da trombose, tipo de medicamento usado, tempo de repouso, entre outros.”

Fique de olho!

É necessário fazer um controle constante de peso, dosar o uso de estrógenos e evitar viagens longas em que você fica parado em uma mesma posição durante muito tempo. Se a viagem é inadiável, o ideal é fazer exercícios durante a mesma. Uma pequena caminhada ou a ação de movimentar as pernas é suficiente, além de tomar bastante água e evitar bebidas alcoólicas. 

Recomenda-se, ainda, que o paciente evite ficar imóvel por muito tempo, trate as varizes e pratique exercícios físicos, principalmente os aeróbios, como corrida, bicicleta ou caminhadas. Para pessoas que ficam imobilizadas por algum motivo (engessadas, por exemplo) ou acamadas, é necessário também um acompanhamento com exercícios específicos e, em alguns casos, auxílio de um fisioterapeuta. 

“É importante também saber que mulheres grávidas com varizes têm maior incidência de trombose, portanto, é melhor tratá-las antes do início da gravidez”, finaliza o especialista.

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