Mais da metade da população feminina sofre com a tensão pré-menstrual
Irritabilidade, nervosismo, choro fácil, estresse e dor de cabeça são apenas alguns dos sintomas da tensão pré-menstrual (TPM), que acomete 60% das mulheres alguns dias antes da menstruação. Mesmo com todos os medicamentos disponíveis, o segredo para lidar com este incômodo é conhecer a si mesma.
É isso o que afirma a ginecologista e obstetra Mara Diegoli, coordenadora do Centro de Apoio à Mulher com TPM do Hospital das Clínicas de São Paulo. “A primeira coisa é saber quando vai entrar na TPM. Para isso, é necessário anotar o que sente ao longo do mês e verificar se os sintomas desaparecem após a menstruação. Caso isso não aconteça, não é TPM”, explica.
Segundo ela, 35% das mulheres têm TPM intensa ou moderada, 25% leve e o restante não sofre com este mal feminino. “Isso significa que 35% precisam de tratamento com remédio específico”, esclarece Mara.
O anticoncepcional não pode ser considerado um tratamento eficaz contra a TPM. “O medicamento melhora os sintomas físicos e piora os psicológicos, como irritabilidade, ansiedade, depressão, tensão, entre outros”, declara a ginecologista.
Para Mara, a TPM tem tratamento, mas para isso é necessário também saber como são os sintomas. “O acompanhamento médico dependerá não somente da intensidade dos sintomas apresentados, mas principalmente se são predominantemente físicos ou psíquicos”.
Em caso de sintomas leves, o tratamento se dá com ações simples, como “fazer exercícios físicos, que melhoram a tensão, a irritabilidade e dão uma sensação de alívio e bem-estar”. Mas se forem identificados como moderados ou severos, a indicação é procurar um médico especialista, que saberá qual o medicamento correto para cada caso.
“O tratamento de vários sintomas psíquicos pode ser realizado tanto pelo médico ginecologista como pelo clínico geral, embora os casos mais graves continuem precisando do acompanhamento psiquiátrico. As alterações na dosagem e na administração do anticoncepcional também são uma novidade no mercado, que ajuda nos casos de sintomas mais severos”, finaliza a médica.
Fonte: Arca Universal
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